sexta-feira, 21 de julho de 2017

Lançamento do Clipe Pretas Panteras


Boas novas!!! Dia 25 de julho lançarei o clipe Pretas Panteras. Tanto o clipe quanto a música são uma reverência ao dia Da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha e também ao Dia Nacional de Tereza de Benguela, comemorados nesta data.
A partir de seu conceito e estética, o clipe também presta uma homenagem ao Partido Panteras Negras, em especial à ativista Ângela Davis, cuja contribuição é de suma importância, principalmente no que se refere à produção de referencial teórico sobre o feminismo negro.
O evento contará com a participação do elenco do clipe, discotecagem da DJ Cris Laddybrown, intervenção de dança das Bgirs Larissa e Letícia Rocha, além da mesa na qual Débora Garcia, Joyce Prado e Bia Doxum debaterão a representação e a representatividade da mulher negra na poesia, no audiovisual e no rap.
O clipe reúne em seu elenco e produção, artistas negras (os) que são referência no cenário cultural periférico da cidade de São Paulo.




MC: Débora Garcia
Música gênero: Rap
Direção: Joyce Prado – Oxalá Produções
Produção Musical: Tico Pró – Indigo Music
Elenco: Débora Garcia (MC), Elizandra Souza, Thata Alves, Jô Freitas, Andréia Rosa e Deusa Poetisa (Poetas); Marisa Sooul e Pamela Rosa (Graffiti), Cris Laddybrown (DJ), Luana Hansen (MC), Larissa Rocha e Letícia Rocha (Bgirs).

Data: 25/07/2017 (terça-feira) Horário: 19h00    Local: Ação Educativa
Endereço: Rua Gen. Jardim, 660 - Vila Buarque, São Paulo/SP
Entrada Gratuita


segunda-feira, 6 de março de 2017

Agenda Março 2017


Salve!
Março chegou e com ele, a responsa de pautar as questões femininas em todos os espaços.
Segue a agenda da primeira quinzena, e fiquem de olho, porque vem muito mais por aí. Simbora juntos!?
Todas as atividades são gratuitas



quinta-feira, 7 de julho de 2016

Desconstrução


Olá amigas e amigos!

Hoje vou a presentar à vocês o meu mais recente trabalho, o vídeo-poema Desconstrução.
Esse é um trabalho que tem o objetivo de contribuir com o debate acerca do machismo em nossa sociedade.  
As práticas que envolvem o machismo foram adquiridas culturalmente, então deixar de ser machista passa por um processo de desconstrução dessa cultura, dessas práticas.
Acredito que a poesia seja uma importante ferramenta para contribuir com esse debate.
O vídeo-poema Desconstrução está disponível no canal Débora Garcia Poetisa, no Youtube e também na página Débora Garcia Poetisa no Facebook.
Confira, curta, compartilhe, reflita, desconstrua!





Homem não chora!
Ora sujeito
Deixa de preconceito
E chora!
Desde o anoitecer
Até nascer a aurora
Jorra!
Baixa sua guarda
Vem para a esgrima
Te garanto que, chorar
Não te tornará uma menina
E sim, humano
Compreendeu meu mano?
Desconstrói esse estigma
De querer ser de ferro
Quando se é apenas água
Como a que carrego em minha cabaça
Como a que abrigou a sua vida
Como a que escorreu de meus olhos
Quando, por você, fui ofendida
Dívida!
Reconheça seus privilégios
Olhe para nós, mulheres, bem mais de perto
Assim enxergará por conta própria
A dor que seu machismo provoca
Se olhe no espelho
E quando ficar evidente
A sua violência potente
Você vai chorar!
Pois ficará perplexo
Ao ver o seu reflexo
Chora!
Lava essa carcaça de macho
Desata os nós do patriarcado
E nas águas desse rio-vida
Desconstrói o seu machismo
Dia após dia
Tente se tornar um homem de verdade
Pois, homem de verdade, falha
Homem de verdade, fala, mas também ouve
Homem de verdade também é sensível
Gosta de fazer carinho
De ninar seus filhos
Homem de verdade também cozinha
Lava e passa
Homem de verdade não trapaça
É parça!
Homem de verdade não estupra
Conquista, flerta,
Homem de verdade sabe o quanto é bom
Quando a mulher se entrega 
Homem de verdade também tem vaidade
Homem de verdade tem agressividade
Mas essa não é sua melhor qualidade
Homem de verdade quer ter a liberdade de ser
E não se preocupa com o que os outros irão dizer
Faça o que o que quiser de verdade
E a menos que essa seja a sua vontade
Nada disso te tornará uma mulher!
O seu machismo é cultural
Não está na sua digital
A sua mudança será contínua
Progressiva, dia após dia
Então comece agora!
Olhe para o seu machismo, homem

E chora!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Sexta Literária


Nesta Sexta-feira 06 de novembro será um dia voltado à atividades literárias.
A partir das 15h00 participarei do Festival do Livro e da Literatura de São Miguel Paulista, um dos mais importantes eventos literários da zona leste. A mesa será na Praça Morumbizinho onde conversaremos sobre protagonismo feminino e produção literária de mulheres negras.
Em seguida parto sentido Sesc Pompéia, onde participarei da mesa Retratos das Mulheres Negras no Brasil, falando também sobre a nossa produção literária.
Todas as atividades são gratuitas.



 












Maiores informações:
http://www.fundacaotidesetubal.org.br/

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Sigamos na luta!


Novembro é um mês atípico para qualquer artista, pesquisador (a), escritor (a) negro (a), ou não negro (a), mas que tenha a sua linha de atuação voltada para as afrobrasilidades. Para mim é um mês de celebração, de muito trabalho e também de muitas reflexões acerca dos posicionamentos, quase sempre arredios, da sociedade brasileira a tudo o que se refere à valorização da população negra. Pasmem, até um feriado (algo que é sempre tão esperado e comemorado por todos) é questionado. Eu sugiro que aqueles que são contrários ao feriado da Consciência Negra trabalhem normalmente, enquanto estaremos em nossas celebrações e atos políticos.
O fato de sermos tomados por uma enxurrada de convites no mês da consciência negra é motivo de alegria e não deixa de ser uma forma de reconhecimento, mas por outro lado, me diz muito sobre modus operandi da sociedade brasileira e me leva a questionar se há a real disposição para discutir a pauta da questão racial no Brasil ou é algo pró-forma para cumprir a agenda nacional de festividade.
Isso somente o tempo revelará, mas o que está posto para mim é que cabe a cada um de nós que vamos ocupar esses espaços, fazer o debate acontecer de uma maneira mais qualificada, aprofundando questões complexas que não raro, são abordadas de forma rasa e tendenciosas pela mídia.
Quando avalio a pauta da questão racial eu tenho a certeza de que 2015 foi um ano histórico por diversos fatores, mas especialmente pelo fato de termos conseguido manter a nossa pauta ao longo de ano, não somente pelos tristes e recorrentes casos de racismo, discriminação, abuso de poder ou homicídios; mas pelas respostas a esses acontecimentos. Não nos calamos, e mais do que denunciar, nos mobilizamos individual e/ou coletivamente. Tivemos a “Marcha o Orglho Crespo” em São Paulo, tivemos uma grande e histórica “Marcha contra o Genocídio” em Salvador, cujo lema foi “Reaja ou será morto, Reaja ou será morta”; e no dia 18 de novembro teremos a primeira Marcha Nacional das Mulheres Negras em Brasília. Fatos históricos e fundamentais para o nosso processo de empoderamento.
Em fim novembro começou, as festividades também, e os embates, apenas continuam.  Quem quiser e puder me acompanhar nessa caminhada, compartilho minha agenda de trabalho.

Axé!