terça-feira, 13 de novembro de 2012

Memórias do cárcere



Memórias do cárcere
Quem é que não tem
Seja atrás das grades
Ou as que criamos além

Nos perdemos em sonhos
E em tantas desilusões
E fechamos os olhos
Para reais soluções

Não queremos assumir
Apesar de saber
Que o pior cego
É aquele que não quer ver

Por que você não quer ver?
O que está na sua cara?
Evitar o problema é cultivar a desgraça
E a desgraça, não tem a menor graça
E a desgraça, se alastra como uma praga

Então não apague da mente
O que você já passou
Quando no fundo do poço, no cárcere, você ficou
As grades te perseguem
E sempre vão perseguir
Por isso, esteja pronto, para lutar, reagir

E vai contar com amigos sinceros e verdadeiros
Amigos de verdade, se for contar, sobram dedos
Você já está lotado, tem mais de cem, mais de mil
Com quem você vai contar, quando queimar o pavio?

E ele vai queimar, e a bomba vai explodir
Com quem você vai contar, para lutar, reagir?
Encare sempre de frente
O que está na sua cara

Pois enfrentar o problema
É evitar a desgraça
E a desgraça, não tem a menor graça
E a desgraça, se alastra como uma praga.


Débora Garcia.


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